Os moradores do bairro Cidade Nova, em Foz do Iguaçu, receberam o Grito dos Excluídos no feriado de 07 de setembro (Independência do Brasil). O Grito é realizado há 19 anos em todo o país, para alertar aos governos o que precisa ser melhorado no Brasil. O movimento foi realizado na biblioteca comunitária do bairro. Diversas entidades participaram do movimento, entre elas a Pastoral da Juventude da Diocese de Foz do Iguaçu.
Neste ano, o Grito dos Excluídos teve como temática central a Juventude. Entre as reivindicações, estavam melhorias na saúde e na educação e investimentos em políticas públicas de inclusão social, em especial para jovens. Larissa Andreghetti dos Santos, estudante de Gestão Ambiental e integrante da Pastoral da Juventude, reclamou da falta de ações de prevenção contra a violência e o uso de drogas. “Os jovens são apontados hoje como os que matam e que roubam. Mas na verdade, eles são os que morrem, são violentados, marginalizados e esquecidos”, apontou.
O local foi escolhido estratégicamente, pois se trata de um bairro com muitas necessidades. A moradora e coordenadora do projeto Cidade Nova Informa - iniciativa que organiza atividades culturais para crianças e adolescentes do bairro –, Elza Mendes, destacou a falta de estrutura da região. “Hoje são cerca de 10 mil pessoas morando aqui. Existe a previsão de que outras 1,5 mil famílias sejam transferidas para cá nos próximos meses. O governo oferece moradia, mas se esquece de outras necessidades. Precisamos que o esgoto seja instalado, de vagas nas creches e nas escolas e de médicos no posto de saúde todos os dias.” O bairro foi criado há 15 anos para inicialmente receber famílias retiradas de áreas de invasão às margens do Rio Paraná.
Segundo a Guarda Municipal (GM), o "Grito dos Excluídos" reuniu cerca de 40 pessoas. O grupo formado por representantes de movimentos sociais da Igreja Católica como as pastorais da Saúde, da Juventude e Carcerária se concentrou em frente à biblioteca comunitária do Cidade Nova 2, na região norte da cidade, e iniciou o ato por volta das 14h30 e foi encerrada pouco antes das 16h depois de uma passeata com faixas e cartazes por algumas ruas do bairro.