terça-feira, 11 de junho de 2013

Envolvimento na política «é uma obrigação para um cristão», frisa papa Francisco
Pastoral da Juventude - Foz06:16


"Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão", vincou o papa esta sexta-feira, ao responder a perguntas colocadas por algumas das nove mil crianças e jovens de escolas e movimentos Jesuítas com quem se encontrou no Vaticano. Os cristãos não podem «fazer de Pilatos, lavar as mãos»: «Devemos implicar-nos na política, porque a política é uma das formas mais elevadas da caridade, visto que procura o bem comum», frisou Francisco, citado pelo site "Vatican Insider".

«Os leigos cristãos devem trabalhar na política. Dir-me-ão: não é fácil. Mas também não o é tornar-se padre. A política é demasiado suja, mas é suja porque os cristãos não se implicaram com o espírito evangélico. É fácil atirar culpas... mas eu, que faço? Trabalhar para o bem comum é dever de cristão», apontou.

Francisco pediu aos participantes para se tornarem «homens e mulheres com os outros e para os outros, verdadeiros campeões no serviço aos outros». «Num mundo que tem tanta riqueza e tantos recursos para dar de comer a todos, não se pode compreender como há tantas crianças esfomeadas, tantas crianças sem educação, tantos pobres. A pobreza, hoje, é um grito. Todos nós devemos pensar se nos podemos tornar um pouco mais pobres», assinalou.

O papa sublinhou que «a esperança se encontra em Jesus pobre», e que ele é quem abre «a janela ao horizonte». Francisco afirmou ainda que não quis ser papa e explicou que prefere viver na Casa de Santa Marta, e não no Palácio Apostólico, como os seus antecessores, porque gosta de «estar entre as pessoas».

A um rapaz que falava da fé algo vacilante, o papa respondeu: «Pensai sempre nisto: não é preciso ter medo das falhas e das quedas; na arte de caminhar, o que importa não é não cair mas não permanecer caído. Se caímos, é necessário levantar-se logo, levantar-se depressa, e continuar a caminhar». 



O elemento fundamental do ensino é fazer com que os estudantes aprendam a ter «o coração grande» e «grandes ideais», sublinhou Francisco, que não leu o discurso previamente redigido.

«Preparei um texto mas são cinco páginas! Um pouco aborrecido... Façamos uma coisa: eu farei um pequeno resumo e depois entregá-lo-ei, por escrito, ao padre provincial e dá-lo ei ao padre Lombardi [porta-voz do Vaticano], para que todos vós o tenhais por escrito», referiu.

Dirigindo-se aos educadores, o papa convidou-os a «serem testemunhas com a vida do que comunicam», porque «sem coerência não é possível educar».



«Não se pode educar apenas na zona de segurança; isso é impedir que a personalidade cresça. Mas também não se pode educar apenas na zona de risco, que é demasiado perigoso», acrescentou.

O encontro compreendeu a atuação de um coro de 200 pessoas, a apresentação de vídeos e de testemunhos.



Rui Jorge Martins
Com agências

Fotografias: Encontro do papa Francisco com crianças e jovens de escolas e movimentos Jesuítas. Vaticano, 7.6.2013
Para todos os PJoteiros da Diocese de Foz do Iguaçu.
Todos que lutam pela causa jovem e se preocupam com isso, para os militantes, aos que ficam inquietos com a injustiça desse mundo, que não aceitam que cada dia que passa mais jovens morram por algum tipo de violência, para aqueles que se preocupam verdadeiramente com o futuro dessa nação, enfim a todos os jovens, venham conosco nessa luta!