Quando estava na Assessoria do Setor Juventude – CNBB, tive várias oportunidades de celebrar o DNJ em vários lugares que provocaram em meu corpo memórias que serão eternas. Recordo-me de alguns lugares – volto a Cametá/PA. Era a primeira vez que uma goiana viajava de barco, uma aventura que será sempre lembrada. Um barco com mais de 100 passageiros, com redes espalhadas para o sono da noite, cargas imensas... e eu pela primeira vez em um porto. Foram cerca de 12 horas de viagem de Belém até Cametá. Encontrei 500 grupos de jovens em Assembléia, porque era um representante de cada grupo das comunidades da Prelazia. Um bispo, em cadeira de rodas estava deixando os trabalhos por problemas de saúde e um outro bispo italiano, chegando para assumir a missão. No sábado e no domingo chegaram os/as jovens que vieram para celebrar o DNJ. Fez-se uma caminhada de uns 8 km debaixo de um sol e um calor, com 1500 jovens e adultos. No final haveria uma celebração. Pensei: será um vexame, todos/as mortos/as, ao final. Tudo o contrário: uma celebração carregada de vida, com participação, com alegria e de gratidão pelo bispo que os havia acompanhado como pastor.
Recordo, igualmente, o Maranhão, com suas Romarias com milhares de jovens, participando, discutindo os temas e encontrando, através da política, meios de garantir os direitos. Apresentavam candidatos da caminhada depois de um longo debate. Era impressionante ver que aquilo que estava proposto nos documentos da Igreja dos leigos/as serem agentes de transformação na sociedade, estar ali, como realidade, diante de bispos, padres, religiosos/as, leigos/as (jovens e adultos/as). Também outros lugares, como em São Paulo, na Romaria da Juventude. Participei em Aparecida/SP, um evento que reuniu milhares de pessoas. Assim foi no Rio Grande do Sul, com encontrões que chegaram a 50 mil jovens e adultos/as de todo Estado.
Cito algumas vivências, porém, em nossa memória coletiva, podemos ir nomeando as outras, até com indignação, “poxa! Como se pode esquecer este ou aquele lugar...” Na verdade, não se esquece; a memória vai e volta trazendo pessoas, lugares, situações e encontros que também se somam com este evento que agora celebramos o seu jubileu.