Meu primeiro DNJ foi no ano de 1985, mesmo ainda não criado. Foi uma atividade do Ano Internacional da Juventude que a Igreja do Brasil assumiu como uma oportunidade de provocar grandes encontros de jovens em cada um dos seus regionais. Eu havia sido eleita para a equipe regional. A primeira equipe, portanto, sem nenhuma experiência. Tivemos como tarefa organizar um encontro de massa, com a proposta de reunir milhares de jovens, na cidade de Trindade. Na primeira reunião, achei uma loucura total. Tinha uma dimensão da grandeza do evento e o desespero de estar na organização era do mesmo tamanho. Reunimo-nos, na Casa da Juventude (Goiânia), uma equipe de pessoas da comissão e outras pessoas – Maria Olinda, Pedro, Marilda, Anésio, Salma, Denise, Pe. Albano e Pe. Floris. Preparamos tudo e no dia chegou gente de todo lugar, em vários ônibus, de quase todas as dioceses do Regional Centro-Oeste. Foram mais de cinco mil jovens e adultos/as. Foi a prova de fogo.
A diocese de São Luis de Montes Belos era experiente em realizar caminhadas com milhares de pessoas, bem antes do DNJ oficial. Aí tem memórias de pessoas como Shirlaine, Rezende, Marora, Deusdete... porém, era uma novidade que foi acolhida e assumida por várias dioceses que, sistematicamente, passaram a reunir jovens nos anos seguintes a partir dos temas que a coordenação nacional da Pastoral da Juventude foi propondo. Os temas sempre nos motivavam para a missão porque tratavam de realidades dos/as jovens.
Na medida em que íamos caminhado dentro de uma ação evangelizadora planejada, passamos a nos dar conta de vários elementos. O primeiro deles é que não se aprofundava o tema do modo mais aprofundado. Quando começávamos a tratar do tema, por exemplo, ecologia, no outro ano já era outro tema... Avaliou-se que os temas tratados, em estudos nos grupos, em manifestações de massa no Dia Nacional, poderia ganhar mais profundidade e ser assunto para mais de um ano.