Prosseguindo nos passos do seguimento a Jesus, na concretização do Reino e no embalo da Missão Continental, a Pastoral da Juventude da América Latina, através do Projeto de Revitalização: A Vida da Juventude: Um caminho de Discipulado e Missão” – convida-nos, neste ano de 2012, a visitar a cidade de Nazaré:
Vamos à Nazaré?
Comover e cuidar: a espiritualidade e a mística de Maria e de Jesus.
Estamos revisitando o caminho de Jesus, desde Belém até Jerusalém: lugar do Mistério Pascal, onde a Vida triunfou sobre a Morte! Queremos aprender do Divino Mestre as preciosas indicações que garantem a realização de uma vida saudável e feliz e ensinam o jeito sábio de tornar presente o Reino de Deus.
Nazaré de Maria: a encarnação de Jesus – alegria e cuidado!
A cidade de Nazaré é puro anonimato: não aparece no Antigo Testamento, nem em livros famosos como “Antiguidades Judaicas e Guerra Judaica” do historiador Flávio Josefo, que esgota toda a matéria geográfica e histórica da Palestina, e, menos ainda, Nazaré aparece nos mapas imperiais romanos. Como sabemos, no século I a.C., os romanos dominam as margens do Mediterrâneo, controlando as costas do Próximo e do Médio Oriente, e, no ano 63 a.C. o general Pompeu conquista a Palestina.
Somente os Evangelhos falam de Nazaré. O evangelista João, por exemplo, recorda Nazaré com a ironia de Natanael a respeito de Jesus: “De Nazaré pode sair coisa boa?” (Jo 1,46). É neste lugar anônimo, ignorado, esquecido que se encontra Maria: a mulher que recebe a visita de Deus e acolhe o convite para ser a Mãe de Jesus (Lc 1,26-38). É preciso contemplar, longamente, esta cena em que o Céu encontra-se com a Terra e o Divino vem morar no coração humano (cf. Jo 1,14).
Nazaré de Maria! Eis o lugar da revelação de Deus! Deus se faz corpo no corpo de Maria! Comover e cuidar! Verbos que nos falam da terna sensibilidade do coração feminino, do ventre materno que gera nova vida. Porém, nada nasce pronto. Antes da revelação é preciso o tempo de preparação, as fases da gestação, as etapas do crescimento, do amadurecimento... Assim, o ventre de uma mulher assemelha-se ao espaço existencial para gerar uma nova realidade.
Como companheiros e companheiras da caminhada das juventudes apostamos no protagonismo juvenil, no paradigma das juventudes como sujeitos de direito no caminho da autonomia. Jovens que sonham e transformam os sonhos em realidades, as utopias em novas alternativas, as esperanças em possibilidades concretas porque acreditam que são capazes de criar um mundo novo, justo e fraterno, confiam no poder do amor que transforma morte em vida!
Maria é visitada no lugar onde se encontra e recebe o convite à alegria: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você!” (Lc 1,28). Deus nos visita onde nos encontramos, social e existencialmente. Basta um coração aberto para acolhê-lo. Isso é motivo de alegria, de comoção. Um Deus que, antes de qualquer proposta, garante sua presença, íntima e pessoal. Ele não promete riquezas nem nos coloca no seguro, mas faz saber que se pode contar com sua ternura e vigor. Assim aconteceu com Moisés (Ex 3,12), com o profeta Jeremias (Jr 1,8), com os apóstolos (Mt 28,20) e com tantos outros antes de nós. O próprio nome de Jesus, no Evangelho de Mateus, evoca essa presença amorosa: “Emanuel, que quer dizer: Deus está conosco” (Mt 28,20).
Alegrem-se, Juventudes! O Senhor está com vocês! Podemos apropriar-nos dessas palavras e deixar que elas nos sensibilizem. No início deste novo ano, podemos nos perguntar: quais são as razões de nossa alegria? O que nos torna pessoas realizadas e felizes? Que caminhos queremos percorrer? Em que direção aponta a estrela de Belém?
Maria de Nazaré convida-nos à alegria da visita de Deus. Convida-nos também ao cuidado, ao apresentar-se como serva do Senhor, disponível à sua Palavra: “Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). Maria é dócil à ação de Deus, acredita na palavra divina, confia e se entrega a Deus. E o faz com grande humildade.
Aberta à ação de Deus, Maria está pronta para obedecer ao que seu Senhor lhe disser. É a Virgem da escuta e da acolhida que, cuidadosamente, pensa, reflete, questiona, dialoga e coloca-se à disposição de Deus. Sentindo-se, profundamente, amada por Deus, Maria está pronta para cuidar da Vida, do jeito que Deus lhe mostrar. Age como Abraão ao abandonar a casa paterna e a terra natal para andar pelos caminhos do Senhor (Gn 12,1-9).
José, seu noivo, tem atitudes parecidas com as de Maria (Mt 1,18-25). Percebendo que Maria tinha ficado grávida, José, sendo justo, isto é, sensível para as coisas de Deus, não queria denunciá-la, publicamente, e pensava em deixá-la sem ninguém saber (Mt 1,18-19). De acordo com os costumes judaicos da época, Maria estava “desposada” com José (cf. Lc 1,27), mas não ainda casada. Isso porque com a cerimônia dos esponsais, a jovem prometida em casamento, mesmo pertencendo juridicamente ao noivo, permanecia na casa paterna por uns doze meses. Então, era conduzida solenemente para a casa do noivo. É nesse intervalo entre os esponsais e o casamento propriamente dito que Maria recebe a proposta divina e fica grávida. A reação normal do homem, nessas circunstâncias, é sempre violenta, ainda mais numa sociedade patriarcal como a de José. Tendo o noivado um valor jurídico, a lei previa punição de morte para os casos de infidelidade (Lv 20,10).
No entanto, Deus intervém nesta história sagrada. Sempre que agimos com retidão, sinceridade, honestidade, Deus intervém em nosso favor. Mais cedo ou mais tarde, o que está escondido vem a ser revelado, descoberto (Mt 10,26). Por isso, José também confia nas palavras divinas a ele reveladas em sonho. E assume Maria, e a leva para casa (Mt 1,24).
Alegrem-se, juventudes! Deus acredita no protagonismo de vocês, do mesmo jeito que acreditou em Abraão, Maria, José, Jesus.
Confiantes, prossigamos o caminho do Divino Mestre. Aliás, Ele é o nosso grande companheiro de caminhada. Vivamos intensamente a mística de Nazaré, com MARIA e com JESUS!
Ir. Maria de Lourdes Augusta, PIDP
Comover e cuidar: a espiritualidade e a mística de Maria e de Jesus.
Estamos revisitando o caminho de Jesus, desde Belém até Jerusalém: lugar do Mistério Pascal, onde a Vida triunfou sobre a Morte! Queremos aprender do Divino Mestre as preciosas indicações que garantem a realização de uma vida saudável e feliz e ensinam o jeito sábio de tornar presente o Reino de Deus.
Nazaré de Maria: a encarnação de Jesus – alegria e cuidado!
A cidade de Nazaré é puro anonimato: não aparece no Antigo Testamento, nem em livros famosos como “Antiguidades Judaicas e Guerra Judaica” do historiador Flávio Josefo, que esgota toda a matéria geográfica e histórica da Palestina, e, menos ainda, Nazaré aparece nos mapas imperiais romanos. Como sabemos, no século I a.C., os romanos dominam as margens do Mediterrâneo, controlando as costas do Próximo e do Médio Oriente, e, no ano 63 a.C. o general Pompeu conquista a Palestina.
Somente os Evangelhos falam de Nazaré. O evangelista João, por exemplo, recorda Nazaré com a ironia de Natanael a respeito de Jesus: “De Nazaré pode sair coisa boa?” (Jo 1,46). É neste lugar anônimo, ignorado, esquecido que se encontra Maria: a mulher que recebe a visita de Deus e acolhe o convite para ser a Mãe de Jesus (Lc 1,26-38). É preciso contemplar, longamente, esta cena em que o Céu encontra-se com a Terra e o Divino vem morar no coração humano (cf. Jo 1,14).
Nazaré de Maria! Eis o lugar da revelação de Deus! Deus se faz corpo no corpo de Maria! Comover e cuidar! Verbos que nos falam da terna sensibilidade do coração feminino, do ventre materno que gera nova vida. Porém, nada nasce pronto. Antes da revelação é preciso o tempo de preparação, as fases da gestação, as etapas do crescimento, do amadurecimento... Assim, o ventre de uma mulher assemelha-se ao espaço existencial para gerar uma nova realidade.
Como companheiros e companheiras da caminhada das juventudes apostamos no protagonismo juvenil, no paradigma das juventudes como sujeitos de direito no caminho da autonomia. Jovens que sonham e transformam os sonhos em realidades, as utopias em novas alternativas, as esperanças em possibilidades concretas porque acreditam que são capazes de criar um mundo novo, justo e fraterno, confiam no poder do amor que transforma morte em vida!
Maria é visitada no lugar onde se encontra e recebe o convite à alegria: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você!” (Lc 1,28). Deus nos visita onde nos encontramos, social e existencialmente. Basta um coração aberto para acolhê-lo. Isso é motivo de alegria, de comoção. Um Deus que, antes de qualquer proposta, garante sua presença, íntima e pessoal. Ele não promete riquezas nem nos coloca no seguro, mas faz saber que se pode contar com sua ternura e vigor. Assim aconteceu com Moisés (Ex 3,12), com o profeta Jeremias (Jr 1,8), com os apóstolos (Mt 28,20) e com tantos outros antes de nós. O próprio nome de Jesus, no Evangelho de Mateus, evoca essa presença amorosa: “Emanuel, que quer dizer: Deus está conosco” (Mt 28,20).
Alegrem-se, Juventudes! O Senhor está com vocês! Podemos apropriar-nos dessas palavras e deixar que elas nos sensibilizem. No início deste novo ano, podemos nos perguntar: quais são as razões de nossa alegria? O que nos torna pessoas realizadas e felizes? Que caminhos queremos percorrer? Em que direção aponta a estrela de Belém?
Maria de Nazaré convida-nos à alegria da visita de Deus. Convida-nos também ao cuidado, ao apresentar-se como serva do Senhor, disponível à sua Palavra: “Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,38). Maria é dócil à ação de Deus, acredita na palavra divina, confia e se entrega a Deus. E o faz com grande humildade.
Aberta à ação de Deus, Maria está pronta para obedecer ao que seu Senhor lhe disser. É a Virgem da escuta e da acolhida que, cuidadosamente, pensa, reflete, questiona, dialoga e coloca-se à disposição de Deus. Sentindo-se, profundamente, amada por Deus, Maria está pronta para cuidar da Vida, do jeito que Deus lhe mostrar. Age como Abraão ao abandonar a casa paterna e a terra natal para andar pelos caminhos do Senhor (Gn 12,1-9).
José, seu noivo, tem atitudes parecidas com as de Maria (Mt 1,18-25). Percebendo que Maria tinha ficado grávida, José, sendo justo, isto é, sensível para as coisas de Deus, não queria denunciá-la, publicamente, e pensava em deixá-la sem ninguém saber (Mt 1,18-19). De acordo com os costumes judaicos da época, Maria estava “desposada” com José (cf. Lc 1,27), mas não ainda casada. Isso porque com a cerimônia dos esponsais, a jovem prometida em casamento, mesmo pertencendo juridicamente ao noivo, permanecia na casa paterna por uns doze meses. Então, era conduzida solenemente para a casa do noivo. É nesse intervalo entre os esponsais e o casamento propriamente dito que Maria recebe a proposta divina e fica grávida. A reação normal do homem, nessas circunstâncias, é sempre violenta, ainda mais numa sociedade patriarcal como a de José. Tendo o noivado um valor jurídico, a lei previa punição de morte para os casos de infidelidade (Lv 20,10).
No entanto, Deus intervém nesta história sagrada. Sempre que agimos com retidão, sinceridade, honestidade, Deus intervém em nosso favor. Mais cedo ou mais tarde, o que está escondido vem a ser revelado, descoberto (Mt 10,26). Por isso, José também confia nas palavras divinas a ele reveladas em sonho. E assume Maria, e a leva para casa (Mt 1,24).
Alegrem-se, juventudes! Deus acredita no protagonismo de vocês, do mesmo jeito que acreditou em Abraão, Maria, José, Jesus.
Confiantes, prossigamos o caminho do Divino Mestre. Aliás, Ele é o nosso grande companheiro de caminhada. Vivamos intensamente a mística de Nazaré, com MARIA e com JESUS!