"Sonho presença, vivo saudade. No descompasso me ausento. Suspiro utopias.Talvez.
Quem sabe cante sobre outro mundo. Desiludido desse que miseravelmente habitamos.
Me inspiro. Seu sorriso preenche os vãos da minha solidão. Certezas rastejantes. Abomináveis dúvidas. Nesse chão que nos rouba o calor, o chão de nossas saudades.
Sangro causas perdidas. Lutas que não lutei, mas deveria. Ausento-me mais uma vez. Ausente do sonho que não sonhei, mas agora é meu. Ausente das dores que tornei minhas, ao ver outros sentirem.
Cansado. Vivo. Luto sabendo que perderei. Às vezes a luta é mais importante que a vitória. Choremos nossas ausências, nos braços dos que nos amam. Nossa luta é maior do que nós, e continuará quando formos embora.
Poderemos cantar o amanhã mesmo que ele não nos pertença?
Essa é a maior noite de nossas vidas. Morremos em vão? Enquanto cantamos nossos sonhos tememos nossos medos mais antigos.
Tentamos curar às feridas deste mundo. Sangramos. Atrás das barricadas ignoramos as mentiras que nos contam.
Somos mártires dos sonhos engolidos por um sistema. Temos saudade do amanhã que não conheceremos. O pão partido sobre a mesa, somos nós. No banquete da vida que triunfa mesmo sendo morte. Graça."
Isaac Palma
Quem sabe cante sobre outro mundo. Desiludido desse que miseravelmente habitamos.
Me inspiro. Seu sorriso preenche os vãos da minha solidão. Certezas rastejantes. Abomináveis dúvidas. Nesse chão que nos rouba o calor, o chão de nossas saudades.
Sangro causas perdidas. Lutas que não lutei, mas deveria. Ausento-me mais uma vez. Ausente do sonho que não sonhei, mas agora é meu. Ausente das dores que tornei minhas, ao ver outros sentirem.
Cansado. Vivo. Luto sabendo que perderei. Às vezes a luta é mais importante que a vitória. Choremos nossas ausências, nos braços dos que nos amam. Nossa luta é maior do que nós, e continuará quando formos embora.
Poderemos cantar o amanhã mesmo que ele não nos pertença?
Essa é a maior noite de nossas vidas. Morremos em vão? Enquanto cantamos nossos sonhos tememos nossos medos mais antigos.
Tentamos curar às feridas deste mundo. Sangramos. Atrás das barricadas ignoramos as mentiras que nos contam.
Somos mártires dos sonhos engolidos por um sistema. Temos saudade do amanhã que não conheceremos. O pão partido sobre a mesa, somos nós. No banquete da vida que triunfa mesmo sendo morte. Graça."
Isaac Palma
Fonte: Blog Nada Possível